Claro que não é o “shopping center” que você esta pensando
Eu e mais dois amigos aqui da cidade, que também gostam de eletrônica, dizemos que nosso shopping center são centros de reciclagem (nome bonito pra ferro-velho). E de fatos nos divertimos muito nesses passeios.
Como segunda-feira foi feriado no estado de São Paulo (revolução constitucionalista de 1932), resolvemos dar um passeio na cidade vizinha aqui, mineira, de Poços de Caldas, já que lá não era feriado e estaria tudo funcionando normalmente. Visitamos duas reciclagens e até que a viagem foi proveitosa, veja só.
Na primeira dela fomos muito bem atendidos por uma mocinha, que nos levou a um pequeno comodo onde estavam sucatas de informática, o que mais tinha lá eram monitores de tubo, e ela inclusive comentou que não sabe o que fazer com aquilo, pois não é material que eles conseguem reciclar.
Mas mesmo no pouco que tinha, eu encontrei isso, misturado no meio de uma caixa de cabos:
Legal né? Uma chave torx T-10 da Belzer que tá com a ponta um pouco ralada, mas nada que uma pequena desbastada com cuidado em uma pedra bem fina e muita água não resolva, um descascador de cabos dos muito safados e um alicate de crimpar bem melhorzinho do que os dois que eu tenho aqui (dos mais baratinhos). O alicaate de crimpar tinha um problema, faltava um pino que apoia um dos braços da catraca. O “Tio Patinhas” que o usou pela ultima vez perdeu o pino e colocou um … palito de fosforos! no lugar do pino. Claro que não estava funcionando direito e por isso foi descartado.
Só que euzinho que não sou burro, fiz um pino novo. Bastou um prego do mesmo diametro do pinos, cortei a ponta e a cabeça, e coloquei no lugar. Funcionando como novo!
Revirando mais um pouco ainda em outra caixa com muitas peças plasticas de maquinas IBM, achei isso aqui:
Sim, um floppy USB da IBM/Lenovo! Detalhe! Funcionado perfeitamente e ainda por cima com a bolsinha de transporte. E um detalhe importante pelo menos pra mim, ele lê e formata discos de 720KB!
Tudo por uma mixaria que nem vou falar pra não despertar a ira dos “invejosos” (viu tabajara?)
Já no segundo, este estava bem mais pra ferro-velho mesmo, nesse tinha até mesmo uma carcaça de uma fuselagem de uma avião! Neste fomos também muito bem atendidos por um velhinho simpático. Aqui a garimpagem foi mais pobre, mas nem por isso eu não sai sem nada.
Sim, sim, um ISD1420, um chip gravador de voz. Isso estava em alguma coisa que certamente falava ehehe, só que não deu pra saber o que era, pois era só um pedaço de placa com alguns CI’s. Felizmente todos estavam soquetados, e eu tirei o ISD e dois LM386 (que nem precisa de foto, coisinha carne-de-vaca).
E no meio das reviranças, achei isso aqui:
Alguns vão se perguntar: WFT?
Sim, é um chuveiro Lorenzetti Tradição modelo Luxo. Um desse novo (já todo de ABS) custa em média uns R$120,00 aqui na minha cidade. Esse ai é o modelo um pouco mais antigo, de 3 temperaturas, mas é todinho de lata. Eu devia ter tirado uma foto dele, do jeito que ele veio, todo emporcalhado, mas só lembrei disso depois que já tinha desmontado tudo e lavado.
Pra funcionar, preciso comprar um diafragma, uma resistência e os pinos das chaves de temperatura. Isso tudo não deve passar de R$20,00.
Um detalhe misterioso, é que todo bendito chuveiro deste modelo que acho nos ferr0-velho, estão todos sem a tampa dos contatos! Por sorte eu tenho uma tampa que peguei em outra ocasião, que por sinal achei somente ela. Os restos mortais do chuveiro (que era de ABS) não prestava pra mais nada.
Ah… ele me custou R$5,00 lá no ferro-velho.
Alguns vão dizer, mas… um chuveiro velho desses? Sim, eu gosto desse chuveiro, e o que esta lá em casa é um Lorenzetti Tradição, mas do modelo antigão, que já esta pedindo uma reforma não é de hoje, a ultima que ele ganhou foi a uns 18 anos. Quero ver um desses chuveiros de plástico durar isso tudo!